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O episódio que marcou o intervalo do jogo entre o FC Porto e o Sporting de Braga promete arrastar-se pelos corredores da justiça desportiva. O relatório do árbitro Fábio Veríssimo deu origem a um processo que pode ter consequências sérias para o emblema azul e branco — desde perda de pontos até desclassificação, conforme previsto no artigo 66.º do Regulamento Disciplinar da Liga.
O juiz da AF Leiria relatou que, durante o intervalo, um televisor colocado no balneário da arbitragem transmitia, de forma contínua, imagens de lances controversos da primeira parte. Por não poder ser desligado, o equipamento foi entendido como um instrumento de pressão psicológica, uma tentativa de condicionar a equipa de arbitragem antes do recomeço do jogo.
A reação institucional foi imediata. Benfica, Sporting e Braga exigiram punições exemplares. Os leões apresentaram queixa formal ao CD, o Benfica apelou à “defesa da integridade das competições”, e os bracarenses pediram uma resposta rápida.
O FC Porto, porém, devolveu as acusações. Em comunicado, alegou que Fábio Veríssimo já havia ameaçado dirigentes portistas após o encontro com o Arouca, e que teria “cumprido a ameaça” no jogo frente ao Braga. O clube promete avançar com queixa formal contra o árbitro, revertendo a acusação de coação.
O caso, que volta a acender o debate sobre o clima de tensão entre clubes e arbitragem, pode tornar-se um dos mais delicados dossiês disciplinares da época.
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