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«Estava no FC Porto, tirei uma selfie com uma amiga com cachecol do Benfica e não joguei mais»

David Sualehe, 28 anos, filho do empresário de futebol Mohamed Afzal, contou, em entrevista ao Expresso, um episódio que alterou o seu trajeto nas camadas jovens do FC Porto. O defesa representou os dragões nos escalões de formação, tendo saído para o Sporting em 2016/17. De seguida rumou ao Vitória de Guimarães, mais tarde representou Farense, Paços de Ferreira e Académica, até que, em 2022/23, fez as malas e rumou ao estrangeiro: esteve três temporadas no Olimpija Ljubljana, da Eslovénia, e agora joga no Noah, da Arménia.

«Eu era jogador dos juniores do FC Porto e o meu pai era empresário do Rui Vitória [Mohamed Afzal], que na altura era treinador do Benfica. O meu campeonato estava a acabar. Nem é preciso dizer que entre FC Porto e Benfica há uma rivalidade de morte. Nesse ano [2015/16], o Benfica foi campeão e no dia em que o Benfica foi jogar o jogo do título, eu estava a ir para Lisboa de carro com duas amigas. Desde que assinei pelo FC Porto torcia mesmo pelo FC Porto, era o FC Porto que queria que ganhasse, era o meu clube, na altura. Mas, como disse, estava no carro com duas amigas, ia levar uma delas para Lisboa. Ela ia ver o jogo e levava um cachecol do Benfica com ela. Acabei por ser um bocado ingénuo. Tirámos uma selfie, era uma coisa que ia ficar para nós, eu ainda disse ‘não metas isso em lado nenhum, porque sou jogador do FC Porto e não posso tirar estas fotos assim’. Ela disse que era para guardar, que era para nós. Só que, entretanto, ela mandou a selfie para alguma amiga ou amigo e a foto começa a circular e a espalhar-se, sabemos todos como é que funcionam as redes sociais e o mundo da internet. Deu um problema muito grande, essa foto foi parar a todo o lado, aos adeptos, à estrutura, e as pessoas viram como uma falta de respeito. Eu sei o que aconteceu, não foi nada disso, foi uma situação infeliz», disse, explicando que o episódio acabou por ser fatal para as suas aspirações de camisola azul e branca vestida.

«A partir daí as coisas começaram a degradar-se muito no FC Porto. Acabei por ser afastado da equipa, não joguei mais até ao final da época, o meu treinador, o Folha, pediu aos responsáveis do FC Porto para eu acompanhar a equipa, porque era um jogador importante no grupo, mas não podia jogar, só treinar. Treinei com eles até ao final, fomos campeões. Estava em conversas para renovar com o FC Porto antes disso acontecer, mas devido à situação foi impensável», lembrou.

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