Gostou do Artigo ? |
Na província de Ávila, em Espanha, o céu escureceu, não pela noite, mas pelo fumo denso que cobre aldeias inteiras. Desde segunda-feira que as chamas consomem florestas e ameaçam casas, num dos incêndios mais preocupantes do ano.
A pequena aldeia de El Arenal encontra-se isolada, cercada pelo fogo. O acesso foi cortado e, por precaução, as autoridades desligaram a eletricidade. Os ventos, que ultrapassam os 30 km/h, dificultam qualquer tentativa de contenção. Os bombeiros, exaustos, continuam a lutar numa frente onde a natureza parece ter perdido o controlo.
Na terça-feira, um bombeiro de 58 anos morreu num acidente de carro a caminho do incêndio. Ia ajudar — e não chegou. O país está de luto.
O Estado espanhol não ficou indiferente. Mobilizou a Unidade Militar de Emergências, que já se encontra no terreno com recursos pesados e tecnologia de ponta. Drones, câmaras térmicas e cerca de 170 militares tentam travar um inimigo sem rosto.
Mas Ávila não é caso único. Em Cáceres, o fogo também força a retirada de mais de 200 pessoas. Ao todo, mais de 230 militares e quase 90 veículos combatem os diferentes focos.
A combinação explosiva de calor, vento seco e mato ardente alimenta os incêndios. Os especialistas alertam: este tipo de situação, agravada pelas alterações climáticas, tende a repetir-se com maior frequência.
A população é chamada a colaborar. O apelo é claro: cumpram as ordens, evitem riscos desnecessários. A prioridade é a vida.
Gostou do Artigo ? |