A transferência de Francisco Conceição para a Juventus reforça ainda mais os cofres do FC Porto, que está prestes a atingir números históricos no que toca à venda de jogadores. Com o mercado de verão ainda em andamento, os dragões caminham para um encaixe financeiro como há muito não se via.
Após um fecho de época 2024/25 marcado por receitas recorde no capítulo das transferências, o clube da Invicta mantém o ritmo elevado de receitas. Só no verão, o FC Porto arrecadou 58,15 milhões de euros, e desde o início do ano até ao fim do mercado de inverno, o valor acumulado ascende a 110,3 milhões. No total, são quase 200 milhões gerados desde que André Villas-Boas assumiu a presidência em maio de 2024.
Entre as principais saídas estão os 60 milhões recebidos pelo espanhol Nico González, transferido para o Manchester City, e os 50 milhões pagos pela ida de Galeno para o futebol saudita. Evanilson, David Carmo e Toni Martínez também renderam valores consideráveis, tal como os empréstimos de Francisco Conceição, Fábio Cardoso, Fran Navarro e Romário Baró. Navarro, entretanto, já foi vendido em definitivo ao SC Braga.
A transferência de Francisco Conceição, avaliada em 32 milhões de euros, deverá ser formalizada em breve, embora envolva um detalhe particular: para que o negócio avance, o jogador terá de abdicar dos 20% do valor da venda a que tinha direito por cláusula contratual acordada com a anterior direção da SAD.
Com a concretização desta venda, Villas-Boas poderá fechar a janela de transferências com um total de 206,2 milhões de euros em encaixe financeiro — um número impressionante.
No sentido inverso, os dragões também têm demonstrado ambição no reforço do plantel. Com os lucros gerados, a administração portista já investiu 63,1 milhões de euros em contratações nesta janela de verão, ficando a escassos milhares de euros de ultrapassar o recorde da época 2019/20, em que foram gastos 63,25 milhões.
A cumprir a promessa feita por Villas-Boas na apresentação de Francesco Farioli como treinador, o FC Porto prepara-se para bater o recorde de gastos numa única época — com o mercado ainda longe do fim.