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O arquiteto Manuel Salgado abriu a cerimónia de apresentação da academia do FC Porto, que decorre no Estádio do Dragão e foi explicada em detalhe também pelo outro arquiteto da equipa, Nuno Lourenço.
«Em primeiro lugar, queremos agradecer a confiança que o FC Porto nos dedica há mais de 20 anos a esta parte, não só a mim, mas à equipa que projeta esta academia. É raro encontrar cliente que tenha noção tão concreta do que quer. Esta vasta área da cidade da Maia é extraordinariamente bem servida em autoestradas, com acessibilidades fantásticas e tem linha ferroviária com apeadeiro no Leandro (São Pedro de Fins, Maia), que no futuro pode ser importante», indicou Manuel Salgado.
O estudo do projeto teve em conta o parecer – não vinculativo – da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) relativamente aos achados arqueológicos existentes na zona, bem como o impacto da iluminação do equipamento nas duas autoestradas envolventes, a A3 e A41. «Para fazer este estudo foi necessário analisar os planos regionais e locais e todos os condicionamentos das várias estruturas que existem, aqueles impostos pela rede viária, o problema do encadeamento das luzes dos equipamentos e das bolas que se perdem e podem condicionar a circulação rodoviária. Tudo isso foi considerado no estudo», explicou, garantindo que serão salvaguardados eventuais achados arqueológicos que venham a ser descobertos durante a empreitada.
Nuno Lourenço foi mais ao detalhes relativamente às valências da obra: «Os 10 campos têm dimensões oficiais e todos eles são iluminados. Temos um mini-estádio com uma iluminação mais exigente que responde às exigências da Liga profissional, três campos com bancada para 400 lugares. Há ainda 330 lugares de estacionamento. Foram pensados corredores arborizados para dar continuidade ecológica ao projeto, dando uma proteção visual a todo o recinto.»
O equipamento projetado na Maia terá um estádio com lotação a rondar os 2.500 lugares, com nível de Liga2, nove relvados de futebol de 11, três deles com bancadas para 400 espetadores, e um de futebol de sete, contando ainda com gabinetes médicos, hidroterapia, ginásio e balneários, salas de lazer e de estudo, além da Casa do Dragão, com 70 quartos duplos, cozinha e sala de refeições.
fonte: abola.pt
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