Futebol

O dia em que Jorge Costa deixou Mourinho à porta do balneário, contado por eles próprios

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Jorge Costa, um dos maiores símbolos do FC Porto, faleceu esta terça-feira aos 53 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória. Capitão de alma e coração, foi uma das figuras centrais da era dourada do clube, incluindo na histórica conquista da Liga dos Campeões em 2003/04 com José Mourinho. Mas há histórias que, mais do que os troféus, revelam quem ele realmente era – e uma delas ficou eternizada dentro de um balneário, no Restelo.

Corria a época de 2002/03, uma das mais brilhantes do FC Porto moderno. A equipa de Mourinho encantava dentro e fora de portas, mas até os melhores adormecem. Foi isso que aconteceu numa noite fria de janeiro, frente ao Belenenses. Ao intervalo, o Porto perdia 1-0 e apresentava-se em campo sem alma – algo inaceitável para Jorge Costa. Muitos anos depois José Mourinho contou o que aconteceu durante esse famoso intervalo.

Jorge Costa também recordou esse momento numa entrevista para o FC Porto. Contou como, ao chegar ao balneário, sentiu que precisava de ser ele a falar. “Fui talvez das vezes mais agressivo da minha vida. Estava mesmo natural, tive de acordar a equipa”, disse. E assim foi. Mourinho preparava-se para entrar e dar a sua palestra, mas calou-se. Respeitou o capitão. Deixou-o falar. O treinador só teve de dar as indicações técnicas, porque o resto – a liderança, a exigência, o choque emocional – já estava feito.

De volta ao relvado, foi o próprio Jorge Costa a liderar pela ação: marcou dois golos, algo raro na sua carreira de central. “Fazer dois golos num jogo aconteceu-me uma vez”, contou. O FC Porto virou o resultado e venceu, num daqueles jogos que se sentem como decisivos rumo ao título – e que, de facto, foram.

 

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