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“Pepe dormiu na cama dos pais até aos 17 anos”

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Este é o título do “The Athletic”, a propósito de um longo artigo sobre Pepe, capitão do FC Porto, em que se tenta desmistificar a imagem de um jogador agressivo. A frace acima é apenas um excerto de uma frase presente no artigo: “História verdadeira: Pepe dormiu na cama dos pais até aos 17 anos. Não porque os expulsou de lá, como possa passar a imagem que temos deles, mas porque era – é, na realidade – um menino da mamã”.

A este jornal falaram Éder, o “herói” nacional, Paulo Assunção, antigo colega no FC Porto, e Rafa Benítez, treinador de Pepe no Real Madrid, que explicaram um pouco como é Pepe e qual o “segredo” da longevidade a alto nível, assim como desmistificando a ideia de ser um jogador bruto!

Éder

“Quando entra em campo, é modo guerreiro. Luta para vencer e faz o que for preciso. Obviamente que isso significa que pode agir de forma mais dura, mas é o seu trabalho. É da mesma maneira no treino. Quando o defrontamos, ele quer que nós saibamos que ele está lá e que nos vai dificultar a vida. É assim que ele é. Mas Pepe, o homem, é completamente diferente do Pepe que vemos em campo. É introvertido, não fala muito, gosta de estar sossegado, no seu mundo. Não é o tipo que gosta de ser o centro das atenções. Às vezes nem damos por ele numa sala. Ele é muito, muito calmo. É realmente… zen”.

Paulo Assunção

“Não é só treinar e ir para casa. O segredo de ele estar onde está com 38 anos são a dedicação e a abstinência. É o dormir, a nutrição, a hidratação. Ele vive a vida toda, 24 horas por dia, em em função do que ele ama fazer”.

Rafa Benítez

“Pepe conhece muito bem as suas forças e fraquezas como jogador, o que o ajuda tomar mais boas decisões do que más. Tem a experiência de estar no sítio certo à hora certa”.

Além do “The Athletic”, também a BBC fez uma extensa reportagem sobre Pepe e ouviu Nelo Vingada, seu primeiro treinador em Portugal, no Marítimo, ao qual Pepe já chamou um “segundo pai”. Também Maniche falou sobre o seu amigo.

Ele é a pessoa mais doce no mundo, muito afável, mas quando entra em campo, tem uma identidade muito única como jogador, o que por vezes não reflete a sua personalidade, a sua natureza, os seus sentimentos”.

“Acredito que tenha ganhado essa reputação baseada em imagens de um ou dois jogos no Real Madrid. Por muito que gostemos de Pepe, não dói reconhecer que esses comportamentos não o dignificaram. Aquele não era Pepe. O Pepe que eu conheço é o jogador de outras partidas – às vezes agressivo, mas sempre dentro dos limites do futebol”.

“É um futebolista e atleta altamente dotado, fantástico em todos sentidos. É curiosos que um jogador que ganhou tudo o que podia ganhar na carreira seja, só agora depois de vencer a Juventus, finalmente reconhecido no estrangeiro”.

Maniche considera que a imagem e reputação de Pepe é “injusta“:

“Não podemos esquecer duas coisas: se jogamos num grande, vamos ter sempre o dedo apontado; e um português em Espanha vai ser sempre criticado. Mas vigor/determinação não é a mesma coisa que ser violento. Ele não é assim. É injusta essa imagem”.

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