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Rodrigo Mora cresceu no FC Porto com um sonho bordado nas costas: o número 10. Foi com ele que brilhou nas camadas jovens, foi com ele que se afirmou como símbolo de uma geração. Mas essa camisola, com tanto significado, acabou por escapar-lhe — e a mágoa é inevitável.
Com a saída de Fábio Vieira, tudo parecia alinhado. Era a oportunidade perfeita para Rodrigo assumir o dorsal com que sempre se identificou. Desde que chegou à equipa principal, usava o 86 — à espera, acreditava ele, de algo maior. Mas a SAD portista tinha outros planos: a camisola 10 vai agora para Gabri Veiga.
O espanhol, que até aqui usava o 17, nunca foi associado ao número 10 nos seus anteriores clubes. No Celta e no Al Ahli, era o 24 que levava nas costas — agora reservado para Prpic. Ainda assim, a promessa feita durante a negociação da sua transferência para o Dragão foi clara: o número 10 seria dele. E o FC Porto honrou esse compromisso, como parte de um contrato milionário até 2030.
Para Mora, a decisão caiu como um balde de água fria. Não se trata apenas de um número — trata-se de história, de identidade. Fontes próximas revelam que o médio de 18 anos ficou magoado, embora sem espaço para contestar. Vai manter-se com o 86. Por agora.
Resta saber como este gesto será digerido por um dos ativos mais valiosos do clube, cuja cláusula de rescisão está fixada em 70 milhões de euros. O PSG observa à distância. E Rodrigo, mais uma vez, terá de provar que vale mais do que um número.
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