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No final da Operação Pretoriano, a advogada que representa o FC Porto, Sofia Ribeiro Branco, não poupou nas palavras ao expor um dos detalhes mais absurdos do processo: os Super Dragões, com apenas 385 sócios registados, recebiam regularmente cerca de 4.000 bilhetes para os jogos em casa, noticiou o jornal Público.
Este número não é apenas excessivo — é revelador. Apesar de os próprios responsáveis da claque terem enviado para os autos a lista oficial dos seus associados, o protocolo então em vigor permitia-lhes aceder a um volume de bilhetes completamente desproporcionado. Um privilégio que, tudo indica, terá sido abusivamente explorado.
Foi este tipo de discrepância que serviu de rastilho para a Operação Bilhete Dourado, que começou em maio passado e que investiga uma possível rede de venda ilegal de bilhetes dos dragões no mercado paralelo.
Como resultado das buscas e investigações, a PSP apreendeu 3.000 bilhetes, 44.510 euros em dinheiro vivo, diversa documentação relacionada com a prática ilegal e identificou 13 arguidos. Entre eles estão Fernando Madureira, a esposa Sandra, a filha Catarina, Fernando Saúl e outros antigos colaboradores ligados ao FC Porto.
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