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Uma vitória à PORTO – Crónica do jogo (VÍDEO)

FC Porto players celebrate with the trophy after winning the Portuguese Cup final soccer match against Benfica at Coimbra City stadium, Coimbra, Portugal, 1st August 2020. PAULO CUNHA/LUSA

Agora que a euforia já se vai desvanecendo, que a voz já vai recuperando e que as poucas horas de sono já não fazem tanto efeito, cá vamos à crónica do jogo.

Começo por dizer que esta vitória soube tão, mas tãooooooooo bem, que tenho de a dedicar aquele homem de preto perdido no campo de ontem, Artur Soares Dias, acho que é esse o nome daquele sujeito que se enganou no equipamento no balneário (devia ter trazido o vermelho e branco, que seria mais condizente).

Bem,vamos ao jogo, que já falei bastante dessa espécie de árbitro.

O FC Porto começou a jogo a ganhar antes dele começar. Como? Passo a explicar. Trabalhou na sombra toda a semana com Diaz e Uribe (o médio colombiano viria a revelar-se fundamental), fez “bluff” quando estavam os media a ver o treino e na conferência de imprensa, e lançou um meio campo a 3 muito coeso. No fundo, jogada à bom velho Porto. Os jogos também se ganham fora do campo, ou pelo menos começam-se a ganhar. Mas não é com arbitragens, que isso é com os nossos “amigos” lá de baixo.

Entrada muito forte em jogo do FC Porto, precisamente com esses 3 médios a sobreporem-se física e mentalmente, aos 3 do Benfica, Weigl (confesso que tenho pena a vê-lo vestir de vermelho), Gabriel e Chiquinho (muito boa cunha deve ter para jogar tantos minutos). Logo aos 4′ Corona esteve perto de abrir o ativo. Fantástica finta de corpo já dentro da área, e remate de esquerdo para boa estirada de Vlachodimos (a forma como foi crucificado em público é ridícula, se não fosse ele Benfica nem em 2º tinha ficado). O trio do meio campo do FC Porto estava muito forte e a dominar todas as operações, com destaque para Danilo: o capitão azul e branco voltou em grande para a reta final da época e ontem, para mim, fez o melhor jogo este ano. Esteve em TODO o lado. Uribe também foi uma formiguinha silenciosa e omnipresente. Curiosamente, os melhores jogos de Uribe este ano foram ambos contra os da Luz. Está talhado para grandes jogos. Otávio foi o monstro de trabalho de costume. Mas sobre os destaques do jogo falarei noutro artigo. Continuando com o jogo…

A partir da meia hora de jogo, Artur Soares Dias (e não o Benfica, como ouvi por aí dizer), equilibrou o jogo, com faltas e faltinhas que só quem já jogou futebol sabe o quanto irrita (TUDO era assinalado para um lado e NADA para o outro. Foi má de mais a arbitragem, e a dualidade de critérios foi gritante). O apogeu da sua atuação é um lance em que Gabriel entra de forma completamente descontrolada sobre Manafá e nem vê amarelo, e Diaz toca na bola e vê amarelo.. O segundo amarelo a Luis Diaz é incontestável. O colombiano devia ter sido mais prudente, e saiu de um jogo em que pareceu não estar nas melhores condições físicas. Deixou o clube a jogar com 10, tornou a tarefa mais árdua, mas também uniu (ainda) mais o grupo. Mas isso só nos dá mais combustível, mais força, já deviam conhecer melhor as gentes do Norte: humildes, trabalhadores, lutadores, com espírito de entreajuda muito grande. Nada como os arrogantes e os presunçosos dos “educados” do Sul.

A primeira parte acaba sem história, com 0 remates do Benfica enquadrados com a nossa baliza e com muitos nervos à flor da pele, fruta da VERGONHA que Soares Dias protagonizou ontem. Conceição foi expulso ainda antes do intervalo, após reclamar uma falta (completamente inexistente) de Marega, quando o maliano APENAS tocou na bola. Intervalo chegou em boa hora para o FC Porto, Otávio e outros já estavam quase a perder a cabeça (não os condeno, porque no lugar deles, faria igual ou pior). Intervalo e ânimos serenados. Muito importante a imagem que mostra o nosso presidente a descer da tribuna, tenho a certeza que foi ao balneário e que, em conjunto com Conceição, deu uma força extra a todos, perante o escândalo que tinha sido a primeira parte.

FC Porto voltou para a segunda parte de cabeça limpa e o Benfica com vontade de (finalmente) arriscar mais um pouco. Quando se previa que o Benfica carregasse no acelerador e “empurrasse” os azuis e brancos para a sua área….foi precisamente o contrário que aconteceu. O FC Porto, qual cidade invicta, entrou com o orgulho ferido na segunda parte e, mesmo com 10, pressionou no campo todo. Danilo arrancou no meio campo, e sofreu falta de Weigl. Livre cobrado, Odysseas soca em falso (foi usado como álibi para a vergonha da exibição dos vermelhos, com mais um 60 minutos), e Mbemba, qual ponta de lança, super oportuno, tem um cabeceamento, totalmente intencional, de técnica apurada e de difícil execução, sobrevoando Seferovic e Ruben Dias (o melhor do Benfica ontem) e só acabando no fundo da baliza da equipa com a “melhor formação do mundo” e arredores.

Estava feito o 0-1. O Benfica tentou reagir, mas o melhor que conseguiu foi um remate inofensivo de Gabriel aos 56′. Era o FC Porto, mais maduro, que dominava o encontro. Exibição categórica dos dragões até terem o jogo minimamente controlado. Falta de Jardel sobre Marega (uma das 50 faltas cometidas pelo capitáo encarnado), e livre superiormente marcado por Otávio (não conhecíamos esta tua faceta Tavinho, tens de nos mostrar mais para o ano 🙂 ), para entrada fulminante de cabeça de Chancel Mbemba, a fugir ao fora de jogo. 0-2,59 minutos de jogo. Dragões com vantagem (algo) confortável dos azuis e brancos, com apenas 10 elementos.

Depois, obviamente, foi um toca a reunir por parte dos dragões e um “tudo por tudo” por parte do Benfica. A partir dos 60 minutos, fruto do resultado que se vivia e do cansaço acumulado de todos os jogadores da cidade invicta, o jogo teve pouca história. Benfica a tentar circular (muitas vezes de forma lente e previsível) e FC Porto, muito compacto e com grande entreajuda (é ver o número de vezes que Marega corria sozinho na frente a tentar segurar bola e quantas e quantas vezes não descia para o seu meio campo defensivo para ser o primeiro tampão, inesgotável) a tentar anular todas as tentativas do Benfica. Ao minuto 73, oportunidade soberana para reduzir por parte do Benfica. Marcação rápida de um livre, com o FC Porto já muito fatigado, e Vinicius, à boca da baliza, falha escandalosamente, após um bom centro de André Almeida. Susto para o FC Porto e oportunidade para “queimar” mais alguns segundos. O FC Porto não conseguia sair a jogar e o Benfica carregava. Após uma jogada algo confusa, que surge de uma combinação entre Jota e Rafa, Diogo Leite toca com a mão na bola (creio que foi isso que ASD assinalou porque o toque na perna não é suficiente) e Vinicius retomou a esperança para o lado dos envcarnados.

Até ao fim o FC Porto sofreu, sofreu e sofreu, fez das tripas coração – como qualquer bom habitante da cidade invita – não se livrou de um ENORME susto ao minuto 91 – bola no poste de Jota – mas mereceu ser feliz! Já tinha merecido noutros anos, mas neste estava escrito!

FINAL DO JOGO e 17ª Taça de Portugal para o FC PORTO.

MUITA EMOÇÃO, MUITAS LÁGRIMAS, MUITA ALEGRIA E MUITO PORTO (momento FANTÁSTICO que o clube proporcionou a Iker, que vou dissecar na totalidade num artigo ainda hoje)

Dobradinha histórica e inédita para o FC Porto e Pinto da Costa (nunca havia ganho uma taça ao Benfica, desde que está na presidência do clube) frente ao seu maior rival.

Acima de tudo, JUSTO, MUITO JUSTO!

Contra tudo e contra todos vencemos!

E agora, é hora do MERECIDO descanso !

Com a certeza que muitos não farão parte do FC Porto 20/21, OBRIGADO a todos, até aqueles que menos jogaram e mais conflitos causaram (Zé Luis ontem viveu mais o jogo que em todos os momentos que jogou com a nossa camisola).

Resumo do jogo

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