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Chegou a ser ventilado que o cargo de Jorge Costa estava em perigo, mas o ex-central, diretor do futebol profissional dos azuis e brancos, está sólido na estrutura portista. Já a posição de Andoni Zubizarreta não é tão óbvia e o espanhol poderá mesmo sair. Em maio passado, A BOLA já tinha explicado que Zubizarreta estava sob escrutínio, ele que tem uma posição importante na estrutura do FC Porto e foi aposta de André Villas-Boas como rosto da mudança de política desportiva nos azuis e brancos.
Ambos tiveram uma ligação forte quando o agora presidente do FC Porto treinava o Marselha e o espanhol era o homem forte das contratações. Numa época de forte contestação, em especial da parte dos elementos mais radicais das claques, André Villas-Boas teve muitas vezes de dar o corpo às balas para acalmar cenários em que a resposta da equipa em campo não foi a esperada e as críticas sobre a qualidade dos reforços contratados questionada. Nesse cenário, Zubizarreta passou um pouco ao lado dessa contestação, mas a questão central não é esta. Villas-Boas projeta mudanças na estrutura do FC Porto para dar resposta à exigência do adepto portista de na próxima temporada a equipa ter a capacidade de lutar por títulos, algo que esteve longe de acontecer na época que findou.
A pálida imagem deixada pelo FC Porto no Mundial de Clubes, onde ficou pelo caminho na fase de grupos, com dois empates e uma derrota dolorosa frente ao Inter Miami, acentuou essa necessidade de rever estratégias e sobretudo de o FC Porto ser mais criterioso e incisivo no ataque ao mercado. Estas alterações na organização podem ser extensíveis a outras áreas dentro do clube, mas o futebol é a parte nuclear e, nesse sentido, o impacto de Zubizarreta foi diminuto para aquelas que eram as expectativas gerais. O FC Porto conseguiu, antes do Mundial de Clubes, contratar Gabri Veiga, mas será preciso muita ginástica e imaginação para atacar outros alvos sinalizados e fazer baixar o preço que nesta fase da época os clubes exigem. De lembrar que em maio passado, José Maia deixou o cargo de diretor do departamento de scouting do FC Porto, para voltar ao City Group, onde já tinha trabalhado anteriormente. Nélson Oliveira assumiu a liderança do departamento. Nas várias reuniões mantidas na quarta-feira no Estádio do Dragão a época foi dissecada pelo presidente e Zubi percebeu que a sua margem é curta.
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