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“Ainda Sou Apaixonado pelo FC Porto, após 41 Anos!”

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Pinto da Costa foi um dos oradores no XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória, que está a decorrer na Fábrica Santo Tirso até este sábado, e foi convidado para falar sobre liderança, ele que está há 41 anos à frente do FC Porto.

«Nunca li nada sobre liderança, tenho os meus princípios e sigo-os. Para respeitar um líder, é preciso sentir que o líder cumpre tudo o que exige dos outros. As pessoas, quando fazem sacrifícios ou se dedicam mais, têm de sentir que o seu líder faz o mesmo. Tenho fama de ser o primeiro a entrar no Dragão e o último a sair. Se não o fizesse, não teria autoridade para exigir nada. Muitas vezes digo aos jogadores que, se ganharem, vão tornar pessoas infelizes felizes, e é por isso que me tenho mantido», contou.

E, sobre liderança, deu mesmo o exemplo de António Costa quando o primeiro-ministro decidiu não demitir João Galamba, apesar das pressões para afastar o ministro das Infraestruturas: «O nosso primeiro-ministro, há pouco tempo, mostrou que é um líder, nem é preciso dizer quando. Um líder não pode rejeitar alguém da sua equipa só porque alguém fala mal dessa pessoa. Quando um membro da equipa está com dificuldades, é importante colocá-lo em destaque e ajudá-lo.»

Sobre a relação com os treinadores, assume que nem uma partida perdida nem um título conquistado definem a competência.

«Vencer e perder estão muito próximos, uma bola pode bater no poste e entrar ou sair. Há treinadores que podem ganhar sem mérito e perder por terem feito grandes feitos, mas serem prejudicados por fatores externos. Nunca despedi um treinador por ter perdido. Se sentir que um treinador não está capacitado naquele momento, ele termina as suas funções com dignidade. Nunca nenhum treinador sai se tiver capacidade, e tenho tido a felicidade, no geral, de todos terem trabalhado bem. Perder não é razão para o fazer cair.»

Ao cabo de 41 anos na presidência e com as eleições marcadas para 2024, Pinto da Costa diz que a sua paixão pelo FC Porto não mudou. Mas houve pelo menos uma altura em que pensou em sair.

«Não saí por estar farto disto. Tenho a mesma paixão pelo FC Porto hoje como há 41 anos ou há 75 anos, quando me tornei sócio. Mas houve momentos em que pensei que talvez a minha saída seria melhor para o clube, para que houvesse mudança. Em 1987, vencemos a Taça dos Campeões Europeus, foi uma loucura, e elaborei um projeto para o FC Porto dar um grande salto. Era necessário muito dinheiro ou muito crédito. Seria um grande avanço com a contratação de jogadores internacionais, mas era preciso alguém que cumprisse isso nos bancos. Achava que era bom», mas o sonho acabou adiado pela falta de recursos financeiros.

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